24/05/2011

     Nunca fui do tipo de pessoa que passa horas devorando um livro, eu diria que apenas gosto de ler. Já cheguei à conclusão de que a internet acabou com vários hábitos meus, inclusive o da leitura (no livro propriamente dito). Mesmo assim ainda me encanto por um livro ou outro que, por alguma razão, me chame a atenção.
     Em uma de minhas visitas ao YouTube, encontrei uma entrevista com  Fabrício Viana que escreveu um livro muito interessante. O título: O Armário. Por incrível que pareça ele é recomendado para todos os públicos e após algumas lidas no site dei um jeito de encaixá-lo na minha lista de "livros para ler antes de morrer". Só é vendido pela internet pelo autor, ou seja, pirataria zero (ou quase). Uma das citações:

Se a leitura é excelente para quem não é homossexual, imagine para quem é ou acha que é? Afinal,´sair do armário', se aceitar e se assumir, não é tarefa fácil pra ninguém. Porém, mesmo que se consiga fazer isso,ainda não é suficiente. Precisamos também nos livrar do negativismo homossexual e da homofobia internalizada que introjetamos em nosso inconsciente desde pequenos. Por isso a leitura do meu livro serve também para quem é gay e assumido. Sendo quase que "obrigatória" a todos os homossexuais.

22/05/2011

      Em um determinado ponto do tempo o mundo passou a ser uma vitrine pra mim. Me peguei várias vezes admirando coisas e pessoas que na verdade estavam longe, do outro lado do vidro. Era como se eu não fizesse parte. Na verdade eu precisava mesmo desse tempo para me encontrar e traçar o que eu realmente queria e o que eu gostaria de descobrir de cada pessoa.
      Tive que aprender muito cedo a me defender de coisas que eu nem sabia que existiam. Por vezes me sentir sozinho, como se eu fosse o único a cuidar de mim. Encantei algumas pessoas, conquistei alguns inimigos e outras deixei passar por preguiça de me entregar.
      Apesar de acreditar na autencidade e honestidade fui forçado a fazer uso de "máscaras" e me sinto péssimo sendo alguém que os outros querem que eu seja. Era isso ou ingressar numa guerra para a qual eu não estou preparado ainda.



Queria ser alguém destacável, talvez pra compensar minha falta de genialidade ou habilidade de me relacionar com as pessoas. Pois bem, não sou. Por tempos me defini como "normal", adequado ao clichê de "mais um na multidão", na faculdade descobri que não era e que poucas diferenças ou atitudes são capazes de imprimir um rótulo que funciona como uma espécie de muro me separando de um universo que, sinceramente, eu gostaria de fazer parte.


 
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